Wolverine antes dos X-Men Parte 1: A Infância de James Howlett

“Eu sou Wolverine. Sou o melhor no que faço, 

mas o que eu faço não é nada agradável”.

“Tudo o que você sabia sobre o Wolverine é mentira!”. Essa era a chamada da propaganda da editora Abril Jovem para a edição 39 da revista do Wolverine, que tinha uma linda capa rasgada no formato das três garras do personagem principal. Foi uma das primeiras revistas da Marvel que li na vida e confesso que até hoje é uma das minhas favoritas. A arte de Marc Silvestri ainda é maravilhosa aos meus olhos! A história, contudo, me deixou confuso. Lidava basicamente com o fato de Wolverine estar sofrendo de memórias falsas, que teriam sido implantadas pela famigerada Arma X e a trama era recheada com flashbacks duvidosos. Se a intenção do roteirista era me deixar perdido e sem saber qual lembrança era real e qual era falsa, ele conseguiu alcançar seu objetivo.

Capa de Wolverine 39 da Editora Abril

Curiosamente, o baixinho invocado da Marvel é desde então um dos meus personagens prediletos da editora e de muita gente além de mim também. Porém, a história de Logan que antecede sua entrada para os X-Men ainda é bastante confusa para muita gente. Meu objetivo com esta série de artigos é esclarecer a história de Wolverine antes de ele entrar para os X-men!

A Mansão Howlett, onde Wolverine nasceu no século XIX

Wolverine nasceu em uma cidade chamada Cold Lake, em Alberta, no Canadá, entre 1882 e 1885^.. Diferente do que se acreditou por muito tempo, o nome de batismo dele não é Logan, mas James Howlett, sendo o segundo filho de Elizabeth Howlett, casada com John Howlett. Seu pai, no entanto, era o jardineiro da mansão Howlett, Thomas Logan, com quem Elizabeth tinha tido um caso que nunca chegou ao conhecimento de John que até sua morte criou James acreditando que ele era seu filho biológico.

Wolverine brincando quando era criança

Durante sua infância, James era um menino frágil e sofria de recorrentes ataques alérgicos. Sua mãe o negligenciava, pois ficava apenas em seu quarto depois da morte de seu primeiro filho, John Howlett Junior, em 1897. Seu avô paterno sempre o pressionava e o tratava duramente , pois acreditava que esse era o tipo de criação necessária para criar um homem de verdade. Seus principais amigos de infância eram Rose O’Hara (uma garota ruiva irlandesa trazida à mansão para ser amiga de James e governanta) e o filho de Thomas Logan, conhecido apenas pelo apelido de Cão (e secretamente meio-irmão de James).

A bela amizade de infância de James, Rose e Cão

Os três foram bons amigos durante a infância, mas no início da adolescência Cão começou a se comportar de maneira estranha devido às surras constantes que levava de seu pai bêbado. Cão tentou abusar de Rose e James contou o ocorrido a seu pai (oficial), John. Como retaliação, Cão matou friamente o cachorrinho de estimação de James, o que levou John a expulsá-llo da mansão junto com seu pai Thomas.

Cão mata o cachorro de Wolverine como retaliação

Completamente bêbado e armado com uma espingarda, Thomas Logan invadiu a mansão dos Howlett com Cão na tentativa de levar consigo sua antiga amante, Elizabeth. John tentou impedí-lo e Thomas o matou a sangue frio com um tiro de espingarda na cabeça. E foi exatamente neste momento que James estava entrando na sala. Provavelmente estimulada pela adrenalina, sua mutação se manifestou e James matou Thomas com suas garras de osso que tinham acabado de brotar de suas mãos pela primeira vez e feriu Cão, deixando-o com cicatrizes de três garras no rosto pelo resto da vida. Totalmente perturbada. Elizabeth se mata com a arma que Thomas deixou cair.

Rose então fugiu da mansão com James. O garoto dava sinais de que seus sentidos estavam ampliados. Enquanto isso, Cão contava à polícia que Rose matara John e Thomas. O avô de James, então ajudou-lhe a fugir junto com Rose para bem longe. No trem, Rose percebe que James está muito traumatizado em não se lembra muito bem de certas coisas. Aparentemente, seu fator de cura recém manifestado está desenvolvendo um sistema de defesa baseado na perda de memória afim de lidar com grandes traumas.

Fim da Parte 1