![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4WvZK4CzLwMFs7_EZvF4p5-Ni9Vn483iQu_9_S6P2N9zPhADOfnnIGe_EBxWwONbXJ9TSphK9qItMQSmDHqnPEE4NRLUteic_e1zzEzTwqqBvxssf0AqjxNQq7facU6G9Fa7QjJ1UKmX8/s640/Untold-Legend-of-the-Batman-1-Cover-1980.jpg)
Perto
do fim de seu período na Marvel, Byrne foi contratado pela DC comics para
revitalizar seu personagem ícone, Superman. Isso fazia parte da reestruturação
de toda a história do Universo DC que a empresa vinha colocando em prática
através da série Crise nas Infinitas Terras, e afetaria todos os personagens da
editora. A reestruturação do Superman por John Byrne ganhou uma atenção
particular da parte da mídia de fora da indústria dos quadrinhos, tendo artigos
sobre o assunto publicados na revista Time
e no jornal The New York Times.
Na
época, Byrne disse, “Estou levando o Superman de volta ao básico… É basicamente
o Superman de Siegel e Shuster se encontrando com o Superman da Fleischer Studios
em 1986.” Byrne reduziu significativamente os poderes do Superman (apesar de
ele ainda ser um dos seres mais poderosos da Terra), eliminou a Fortaleza da
Solidão e o supercão Krypto e manteve
Jonathan e Martha Kent vivos durante a vida adulta de Clark para poderem
desfrutar os triunfos de seu filho adotivo, assim como para aconselhá-lo e
dar-lhe apoio e suporte quando precisasse.
Byrne também usou a ideia de Marv Wolfman de transformar Lex Luthor em
um rico homem de negócios além das características de gênio científico com um
desejo de vingança mortal contra o super-herói. Ele também eliminou a carreira
adolescente do personagem como Superboy. Em sua história remodelada, Clark Kent
não usa uniforme e nem age como super-herói antes da idade adulta. Essa
abordagem do caminho que levou Clark Kent a se tornar Superman depois serviu de
base para a série de tv Smallville e
também foi usada no livro de Tom De Haven de 2005 entitulado It’s Superman.
No
mythos do Superman, Byrne escrevia Clark Kent com uma personalidade mais
agressiva e extrovertida do que era retratado antes, chegando até a mostrá-lo
como um grande jogador de futebol Americano na época do Ensino Médio. O autor
também criou explicações para como o disfarce do Superman funcionava, tais como
o fato de o público simplesmente não perceber que ele tinha uma identidade
secreta já que ele não usa mascara, que Superman vibrava seu rosto em supervelocidade
para deixar seu rosto borrado quando fosse fotografado. Kent também possuía
aparelhos de musculação em seu apartamento para justificar seu físico
avantajado. O Superman de Byrne sentia que suas raízes mais profundas estava no
planeta Terra e que seu planeta natal “Krypton é anátema para ele”.
A
origem e início de carreira da versão de Byrne do Superman estreou numa
mini-série de seis edições chamada O Homem de Aço (The Man of Steel, no
original, de Julho a Setembro de 1986), cuja primeira edição foi vendida com
duas versões de capas diferentes ilustradas por Byrne, sendo esta a primeira
vez que a indústria de quadrinhos usou capas variantes.
Byrne
fez também o lápis do Crossover de seis edições do Universo DC Lendas ( Legends
no original, de novembro de 1986 a maio de 1987) neste mesmo período. Ele
escreveu e desenhou dois títulos mensais do Superman: Superman (começando do número 1, cuja contagem havia sido
reiniciada devido ao projeto de reestruturação pós-crise) e Action Comics (começando pela edição
584, já que a revista não teve a contagem reiniciada). A revista Superman posteriormente foi renomeada
para The Adventures of Superman (As aventuras do Superman) a partir da
edição 424 e foi inicialmente escrita por Marv Wolfman e desenhada por Jerry
Ordway, mas Byrne assumiu a maior parte dos roteiros depois de um ano, das
edições 436 a 442 e 444.
Como 1988 marcou o aniversário de 50 anos da criação
do Superman, Byrne fez mais projetos relacionados ao personagem enquanto
trabalhava em seus títulos mensais ao
mesmo tempo: ele escreveu a Graphic Novel Superman:
The Earth Stealers e as mini-séries: O
Mundo de Krypton (The World of
Krypton), O Mundo de Metrópolis (The World of Metropolis) e O Mundo de Pequenópolis (The World of Smallville).
Ele fez a arte da capa da edição da revista Time de 14 de março de 1988 e uma arte interna com o Superman na qual seu lápis foi arte-finalizado por Jerry Ordway (imagem acima com os personagens dizendo "Happy Birthday, Superman").
Depois
de sua passagem inicial pelas revistas do Superman de 1986-1988, Byrne voltaria
como arte-finalista convidado em Adventures
of Superman Annual #2 e Superman #50
em 1990. E retornaria novamente para uma história Túnel
do Tempo (também conhecidas como Elseworlds)
escrevendo e desenhando em Action Comics
Annual #6 de 1994.
John
Byrne passou mais ou menos dois anos nas revistas do Superman. Sua insatisfação
veio de uma percepção pessoal de que lhe faltava “apoio intencional” na DC. Para aumentar o distanciamento entre a
empresa e o artista havia o fato de que a versão do Superman que a DC licenciara
para merchandising era contrária àquela que Byrne representava nos
quadrinhos. Hoje em dia, muito da visão
de Byrne para o personagem se mantém no Universo da DC Comics e nas
subsequentes adaptações para a tv e o cinema. A influência de Byrne pode ser
vista nas séries live-action Lois &
Clark: As Novas Aventuras do Superman (Lois
& Clark: The New Adventures of Superman):
Smallville:
Na série animada de Paul Dini e Bruce Timm Super-Homem (Adventures of
Superman):
E até no famigerado Superman,
O Retorno (Superman Returns) de
Bryan Singer, na cena em que Lois está presa em um avião prestes a se chocar
com o chão, mas é resgatada pelo Superman, numa referência à cena do ônibus espacial
do início da série de Byrne.
Em
entrevistas durante a campanha promocional do filme Homem de Aço (Man of Steel)
David Goyer reconheceu abertamente a mini-série de Byrne como uma influência
importante, especialmente no que se refere ao processo reprodutivo kryptoniano
mostrado nesta cena do filme:
A influência de Byrne é também mostrada
no episódio piloto da série mais recente da Supergirl, em que Kara é forçada a revelar
sua existência ao público ao salvar um avião em queda:
Fim da Parte 3
0 comentários:
Postar um comentário