John Byrne se juntou a Chris Claremont em The X-Men
#108 de dezembro de 1977. Seu trabalho conjunto, com a arte-final de Terry
Austin, em arcos de história clássicos como Proteus, A Saga da Fênix Negra e
Dias de Um Futuro Esquecido os transformariam na equipe criativa favorita dos
fãs. Byrne insistiu para que o personagem canadense da equipe permanecesse na
revista e contribuiu com uma série de elementos que justificavam a presença de
Wolverine. Por fim, o mutante com garras metálicas e fator de cura se tornou um
dos personagens mais populares da história da Marvel. A partir da edição 114,
Byrne passou a ajudar no argumento da série além de ser o responsável pelos
desenhos a lápis. Claremont lembra que “àquela altura John e eu éramos, num
sentido bem literal, verdadeiros colaboradores na construção do gibi. Com raras
exceções consigo dizer onde a colaboração de um começava e onde a do outro
terminava , por que era realmente um vindo com uma ideia e jogando para o outro
e devolvendo o tempo todo” A Saga da Fênix Negra de 1980 é uma das histórias
mais notáveis na história do título. Os escritores e historiadores de HQs Roy Thomas e Peter Sanderson observaram que
“A Saga da Fênix Negra é para Claremont e Byrne o que a Trilogia de Galactus é
para Stan Lee e Jack Kirby. É um marco na história da Marvel, um mostruário da
obra de seus criadores no ponto mais alto de suas habilidades”. Byrne várias vezes comparou sua relação de
trabalho com Claremont com Gilbert e Sullivan, e disse que eles “quase sempre estavam em guerra sobre quem
os personagens eram de verdade”.
Byrne criou a Tropa Alfa, Proteus e
Kitty Pryde/Lince Negra durante o período em que trabalhou na revista The
X-Men. Uma nova Irmandade de Mutantes, liderada por Mística foi introduzida em Dias de Um Futuro Esquecido (história
publicada de Janeiro a Fevereiro de 1981,nas edições 141 e 142), onde uma Kitty
Pryde viajante do tempo tenta impeder um futuro distópico causado pela
Irmandade de Mutantes ao assassinarem o candidato a Presidente dos EUA, Senador
Robert Kelly. Byrne criou a história com a intenção de retratar os Sentinelas
como ameaça genuína à existência da raça mutante. Byrne deixou The X-Men na
edição 143, de marco de 1981. Durante sua passagem pela série, o título passou
de bimestral a mensal , com uma média de vendas consistente que permaneceu por
muito tempo mesmo depois da saída do cartunista.
No
final dos anos 1970, enquanto ainda era apenas o desenhista de X-Men, Byrne fazia
também o lápis do gibi de outro time de super-hérois, The Avengers, dos Vingadores. Trabalhando na maior parte em
parceria com o escritor David Micheline, ele desenhou as edições 164 a 166 e
181 a 191. Byrne e Micheline criaram juntos o personagem Scott Lang em Avengers
#181 e março de 1979. John Byrne também desenhou nove edições do Capitão
América, Captain America #247-255, de julho de 1980 a marco de 1981) escritas
por Roger Stern, incluindo a edição 250 na qual o personagem concorre a
Presidente dos EUA.
Depois de seus trabalhos com os X-Men,
Byrne ficou cinco anos trabalhando com o Quarteto Fantástico das edições 232 a
295 de Fantastic Four, de julho de
1981 a outubro de 1986. Essa fase é considerada a Segunda Era de Ouro do grupo
de personagens. Byrne disse que sua meta era “voltar o relógio… voltar no tempo e ver o que tinha feito aquele gibi
tão grandioso na época em que foi apresentado pela primeira vez”. Ele fez
uma série de mudanças em sua passagem pela revista: O Coisa foi temporariamente
substituído pela Mulher-Hulk como membro do Quarteto, e teve suas aventuras em
seu próprio gibi que teve 22 edições e também foi escrito por Byrne. Além
disso, a namorada de longa data de Ben, Alicia Masters, o trocou pelo Tocha
Humana; a Garota-Invisível se tornou o membro mais poderoso da equipe com o
aumento e refinamento de seus poderes, auto-confiança e assertividade e a
mudança de codinome para Mulher-Invisível; e o quartel-general deles, o
Edifício Baxter e destruído e substituído pelo Four Freedoms Plaza. Byrne citou
várias razões para deixar a série, incluindo “políticas internas da empresa” e que “o gibi simplesmente começou a envelhecer”.
Em 1983, enquanto ainda cuidava do
Quarteto Fantástico, Byrne começou a escrever e desenhar Tropa Alfa (Alpha
Fight, no original), estrelada por uma equipe de super-heróis canadenses que
tinham sido apresentados “meramente para sobreviver a uma luta com os
X-Men”. Apesar de a princípio a série ter sido muito popular, com sua
primeira edição vendendo 500 mil cópias, Byrne disse que o gibi “nunca foi
muito divertido” e que ele considerava os personagens muito bidimensionais. Um
dos personagens de Tropa Alfa, Estrela Polar, acabou se tornando o primeiro
super-herói da Marvel abertamente gay. A homossexualidade dele foi apenas
sugerida durante a passagem de Byrne pela série.
Em 1983, Byrne também co-escreveu e fez
o lápis das edições 1 e 2 da revista The
Further Adventures of Indiana Jones, uma história em duas partes entitulada “The Ikons of Ikammanen”.
Em
1985, depois da edição 28 de Alpha Flight, Byrne trocou de série com Bill
Mantlo, escritor de The Incredible Hulk (O Incrível Hulk). De acordo com Byrne,
ele adiantou suas ideias para o editor-chefe Jim Shooter, mas uma vez que
assumiu a revista, Shooter não o deixou usá-las. Byrne escreveu e desenhou as
edições 314 a 319. A última edição feita por Byrne apresentou o casamento de
Bruce Banner e Betty Ross.
Fim da Parte 2
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