sábado, 19 de novembro de 2016

John Byrne Parte 2




            John Byrne  se juntou a Chris Claremont em The X-Men #108 de dezembro de 1977. Seu trabalho conjunto, com a arte-final de Terry Austin, em arcos de história clássicos como Proteus, A Saga da Fênix Negra e Dias de Um Futuro Esquecido os transformariam na equipe criativa favorita dos fãs. Byrne insistiu para que o personagem canadense da equipe permanecesse na revista e contribuiu com uma série de elementos que justificavam a presença de Wolverine. Por fim, o mutante com garras metálicas e fator de cura se tornou um dos personagens mais populares da história da Marvel. A partir da edição 114, Byrne passou a ajudar no argumento da série além de ser o responsável pelos desenhos a lápis. Claremont lembra que “àquela altura John e eu éramos, num sentido bem literal, verdadeiros colaboradores na construção do gibi. Com raras exceções consigo dizer onde a colaboração de um começava e onde a do outro terminava , por que era realmente um vindo com uma ideia e jogando para o outro e devolvendo o tempo todo” A Saga da Fênix Negra de 1980 é uma das histórias mais notáveis na história do título. Os escritores e historiadores de HQs  Roy Thomas e Peter Sanderson observaram que “A Saga da Fênix Negra é para Claremont e Byrne o que a Trilogia de Galactus é para Stan Lee e Jack Kirby. É um marco na história da Marvel, um mostruário da obra de seus criadores no ponto mais alto de suas habilidades”.  Byrne várias vezes comparou sua relação de trabalho com Claremont com Gilbert e Sullivan, e disse que eles “quase sempre estavam em guerra sobre quem os personagens eram de verdade”.


Byrne criou a Tropa Alfa, Proteus e Kitty Pryde/Lince Negra durante o período em que trabalhou na revista The X-Men. Uma nova Irmandade de Mutantes, liderada por Mística foi introduzida em Dias de Um Futuro Esquecido (história publicada de Janeiro a Fevereiro de 1981,nas edições 141 e 142), onde uma Kitty Pryde viajante do tempo tenta impeder um futuro distópico causado pela Irmandade de Mutantes ao assassinarem o candidato a Presidente dos EUA, Senador Robert Kelly. Byrne criou a história com a intenção de retratar os Sentinelas como ameaça genuína à existência da raça mutante. Byrne deixou The X-Men na edição 143, de marco de 1981. Durante sua passagem pela série, o título passou de bimestral a mensal , com uma média de vendas consistente que permaneceu por muito tempo mesmo depois da saída do cartunista. 



            No final dos anos 1970, enquanto ainda era apenas o desenhista de X-Men, Byrne fazia também o lápis do gibi de outro time de super-hérois, The Avengers, dos Vingadores. Trabalhando na maior parte em parceria com o escritor David Micheline, ele desenhou as edições 164 a 166 e 181 a 191. Byrne e Micheline criaram juntos o personagem Scott Lang em Avengers #181 e março de 1979. John Byrne também desenhou nove edições do Capitão América, Captain America #247-255, de julho de 1980 a marco de 1981) escritas por Roger Stern, incluindo a edição 250 na qual o personagem concorre a Presidente dos EUA. 



Depois de seus trabalhos com os X-Men, Byrne ficou cinco anos trabalhando com o Quarteto Fantástico das edições 232 a 295 de Fantastic Four, de julho de 1981 a outubro de 1986. Essa fase é considerada a Segunda Era de Ouro do grupo de personagens. Byrne disse que sua meta era “voltar o relógio… voltar no tempo e ver o que tinha feito aquele gibi tão grandioso na época em que foi apresentado pela primeira vez”. Ele fez uma série de mudanças em sua passagem pela revista: O Coisa foi temporariamente substituído pela Mulher-Hulk como membro do Quarteto, e teve suas aventuras em seu próprio gibi que teve 22 edições e também foi escrito por Byrne. Além disso, a namorada de longa data de Ben, Alicia Masters, o trocou pelo Tocha Humana; a Garota-Invisível se tornou o membro mais poderoso da equipe com o aumento e refinamento de seus poderes, auto-confiança e assertividade e a mudança de codinome para Mulher-Invisível; e o quartel-general deles, o Edifício Baxter e destruído e substituído pelo Four Freedoms Plaza. Byrne citou várias razões para deixar a série, incluindo “políticas internas da empresa” e que “o gibi simplesmente começou a envelhecer”.


Em 1983, enquanto ainda cuidava do Quarteto Fantástico, Byrne começou a escrever e desenhar Tropa Alfa (Alpha Fight, no original), estrelada por uma equipe de super-heróis canadenses que tinham sido apresentados  meramente para sobreviver a uma luta com os X-Men”. Apesar de a princípio a série ter sido muito popular, com sua primeira edição vendendo 500 mil cópias, Byrne disse que o gibi “nunca foi muito divertido” e que ele considerava os personagens muito bidimensionais. Um dos personagens de Tropa Alfa, Estrela Polar, acabou se tornando o primeiro super-herói da Marvel abertamente gay. A homossexualidade dele foi apenas sugerida durante a passagem de Byrne pela série.

                 

            Em 1983, Byrne também co-escreveu e fez o lápis das edições 1 e 2 da revista The Further Adventures of Indiana Jones, uma história em duas partes entitulada “The Ikons of Ikammanen”.




            Em 1985, depois da edição 28 de Alpha Flight, Byrne trocou de série com Bill Mantlo, escritor de The Incredible Hulk (O Incrível Hulk). De acordo com Byrne, ele adiantou suas ideias para o editor-chefe Jim Shooter, mas uma vez que assumiu a revista, Shooter não o deixou usá-las. Byrne escreveu e desenhou as edições 314 a 319. A última edição feita por Byrne apresentou o casamento de Bruce Banner e Betty Ross.


 Fim da Parte 2


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